Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Áquem e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito! E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Ser poeta, Florbela Espanca
Para mim, Florbela escreveu este poema inspirada em si no orgulho que foi, e com este poema ela faz-me sentir que um poeta não é só uma pessoa que escreve mas sim uma pessoa que sabe do que escreve e tem cultura. Neste poema parece-me que ela escreveu-o para alguém e está-lhe a tentar dizer o que sente quando pensa nele e quando escreve para ele.
ResponderEliminarGostei muito deste poema pois como já disse faz-me pensar numa dedicatória para alguém e
às vezes é mesmo assim que nos sentimos quando gostamos de alguém e esse não nos corresponde
Olá.
ResponderEliminarRespeitando a tua opinião, eu tenho uma perspectiva diferente acerca da mensagem transmitida pela poetisa.
Na minha opinião, esta dá a entender que ser peta não é ser um ser humano comum. "é ser maior/Do que os Homens!". Apesar de ser um dom, é preciso lutar para "sobreviver". Não se pode ser fraco, sob pena de ser rejeitado pelos outros poetas e até mesmo pelo resto da sociedade. Além disso, é preciso sê-lo com paixão. Ou seja, é necessário "agarrar-se" à poesia, ter uma paixão especial. Ao fazer um poema, é preciso que o que escrevemos venha do nosso coração, do que sentimos, apesar de também termos de "dar asas" à imaginação até ao infinito. É preciso ter garra.
Espero que também concordes ou, pelo menos, aprecies a minha opinião.
olá!
ResponderEliminarSim António, em certa parte também concordo contigo, mas em relação à parte que não é um ser humano comum continuo achar que que o poeta continua a falar de si (dos poetas) e que está a tentar dizer algo alguém como às pessoas que não dão valor à poesia ou mesmo até aos poetas tentar-lhe o que eles "são".